A minha última postagem foi em março deste ano, de lá para cá eu passei por altos e baixos em meu vício (jogos). Nas férias do meio do ano, momento em que eu poderia aproveitar para dar um gás total nos estudos para concursos públicos, eu simplesmente me tranquei em meu quarto e passei horas e horas jogando CS:GO. Comprei livros de raciocínio lógico para concursos, direito previdenciário (estou estudando para o INSS) e direito administrativo, mas ainda não 'os estudei' adequadamente.
Quando vi que estava voltando ao fundo do poço, resolvi utilizar uma tática diferente: comecei a jogar algo que eu odeio e, sinceramente, não vejo a mínima graça: Tibia!
O problema foi que aquele jogo estranho, feio, sem áudio, lagado e cheio de pirralhos simplesmente me conquistou! Eu não imaginava o quão fantástico era o universo de Tibia - e aqui eu estou falando da história do jogo por inteira, seja a história do jogo em si seja pela história dos "jogadores-lendas" e itens lendários. Quando eu passei a pagar para jogar no servidor original eu me assustei.
Paguei dois meses e não joguei sequer quinze dias. Aquilo ia acabar comigo.
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Quando vi que estava voltando ao fundo do poço, resolvi utilizar uma tática diferente: comecei a jogar algo que eu odeio e, sinceramente, não vejo a mínima graça: Tibia!
O problema foi que aquele jogo estranho, feio, sem áudio, lagado e cheio de pirralhos simplesmente me conquistou! Eu não imaginava o quão fantástico era o universo de Tibia - e aqui eu estou falando da história do jogo por inteira, seja a história do jogo em si seja pela história dos "jogadores-lendas" e itens lendários. Quando eu passei a pagar para jogar no servidor original eu me assustei.
Paguei dois meses e não joguei sequer quinze dias. Aquilo ia acabar comigo.
Sentindo-me "órfão" de jogos, eu resolvi voltar para o World of Warcraft, tudo meio às pressas e com um certo peso na consciência. Renovei a assinatura por apenas um mês e, pasmem, não joguei nem dois dias.
Joguei Team Fortress 2 e alguns indie games por alguns dias, mas nada me divertia - o peso na consciência de estar "saindo da linha" falava mais alto.
Outro fator importante foi quando eu observei o quão viciado o meu pequenino (de três aninhos) está no desenho do Mickey (um seriado com trocentos episódios). Ele chegou ao ponto de não querer mais brincar comigo (jogar bola, andar de bicicleta, brincar de esconde-esconde etc.) apenas para ficar plantado em frente à TV para assistir ao seriado do Mickey Mouse e sua turminha. Resolvi limitar: ele pode assistir somente dois episódios por dia (cada episódio tem 20 minutos). Mas isto é difícil de controlar, ele mora com a mãe, e quando vem passar o fim de semana comigo eu tenho que entrar em conflito com os meus pais (avós babões) para poder educar o meu filho da forma que eu acho correto (se depender dos meus pais, o meu filho - neto deles - pode passar o dia inteiro assistindo TV; acho que eles sequer perceberam o mal que fizeram à mim por me deixar tão solto, sem regras bem definidas - agora querem fazer o mesmo com o neto).
Isto me deixou muito preocupado, quando ele estiver maiorzinho eu terei que ficar de olho na relação dele para com os jogos eletrônicos (será que a tendência ao vício pode ser hereditária?)... Mas isso também funcionou como uma espécie de 'espelho': em determinado momento ("não papai, to xistindo Mickey") eu vi mesmo comportamento em nós dois (deixar de fazer coisas realmente divertidas e produtivas para ficar plantado em frente à uma tela).
Bem, depois de uma semana de muita reflexão e de buscar ajuda em Deus (eu acho que nunca falei deste aspecto aqui no blog, né? Não sou religioso, não frequento igreja e nem sigo dogmas, mas acredito em Deus), eu resolvi que era hora de partir para o próximo passo da desintoxicação (acredito que este seja o termo ideal): parar de uma vez por todas (sem exceções).
Nos últimos trinta dias eu nem tenho jogado muito: ou os jogos perderam a graça ou os que ainda "me seduzem" perdem na balança para o peso da consciência. Nestes últimos dias, se eu joguei uma hora e meia por dia, foi muito (o que é um grande avanço se comparado com o período em que eu comecei este blog - 2012 - jogava mais de sete horas por dia). Mas ainda estava jogando - e isto me sugava as energias, passava o dia inteiro pensando no que poderia estar fazendo dentro do jogo e coisas do tipo.
Outro fator importante foi quando eu observei o quão viciado o meu pequenino (de três aninhos) está no desenho do Mickey (um seriado com trocentos episódios). Ele chegou ao ponto de não querer mais brincar comigo (jogar bola, andar de bicicleta, brincar de esconde-esconde etc.) apenas para ficar plantado em frente à TV para assistir ao seriado do Mickey Mouse e sua turminha. Resolvi limitar: ele pode assistir somente dois episódios por dia (cada episódio tem 20 minutos). Mas isto é difícil de controlar, ele mora com a mãe, e quando vem passar o fim de semana comigo eu tenho que entrar em conflito com os meus pais (avós babões) para poder educar o meu filho da forma que eu acho correto (se depender dos meus pais, o meu filho - neto deles - pode passar o dia inteiro assistindo TV; acho que eles sequer perceberam o mal que fizeram à mim por me deixar tão solto, sem regras bem definidas - agora querem fazer o mesmo com o neto).
Isto me deixou muito preocupado, quando ele estiver maiorzinho eu terei que ficar de olho na relação dele para com os jogos eletrônicos (será que a tendência ao vício pode ser hereditária?)... Mas isso também funcionou como uma espécie de 'espelho': em determinado momento ("não papai, to xistindo Mickey") eu vi mesmo comportamento em nós dois (deixar de fazer coisas realmente divertidas e produtivas para ficar plantado em frente à uma tela).
Bem, depois de uma semana de muita reflexão e de buscar ajuda em Deus (eu acho que nunca falei deste aspecto aqui no blog, né? Não sou religioso, não frequento igreja e nem sigo dogmas, mas acredito em Deus), eu resolvi que era hora de partir para o próximo passo da desintoxicação (acredito que este seja o termo ideal): parar de uma vez por todas (sem exceções).
Nos últimos trinta dias eu nem tenho jogado muito: ou os jogos perderam a graça ou os que ainda "me seduzem" perdem na balança para o peso da consciência. Nestes últimos dias, se eu joguei uma hora e meia por dia, foi muito (o que é um grande avanço se comparado com o período em que eu comecei este blog - 2012 - jogava mais de sete horas por dia). Mas ainda estava jogando - e isto me sugava as energias, passava o dia inteiro pensando no que poderia estar fazendo dentro do jogo e coisas do tipo.
A partir de hoje eu simplesmente não irei jogar mais nada - espero que daqui alguns anos (sim, anos!) eu possa voltar a jogar - sem peso na consciência e sem estar "intoxicado".
Para esta nova etapa eu formulei um plano: usar um sistema de check-list. Mas isto é assunto para outro post, até porque eu só vou escrever sobre este artifício se ele realmente der certo. Portanto, vou partir para a minha luta, daqui alguns dias eu volto para falar se estou conseguindo ou não.
Força para todos vocês.
Para esta nova etapa eu formulei um plano: usar um sistema de check-list. Mas isto é assunto para outro post, até porque eu só vou escrever sobre este artifício se ele realmente der certo. Portanto, vou partir para a minha luta, daqui alguns dias eu volto para falar se estou conseguindo ou não.
Força para todos vocês.